Nação Palestrina,
Os jornais de hoje trazem a notícia do interesse são-paulino em contratar Robinho.
Acredito ser a maior canoa furada dos últimos tempos, caso venha a se concretizar.
Voltar ao Santos até que é aceitável, graças ao histórico do jogador no clube e à fragilidade do time.
Soma-se a isso o fato de o Peixe não disputar nada de especial, assim como nós, nesse primeiro semestre.
É evidente que Robinho só quer voltar ao Brasil – assim como fez Love e Adriano – para se promover e garantir uma vaguinha na Copa, atualmente ameaçada pela reserva no City.
Daí a esperar empenho e futebol, há uma distância enorme.
Para fazer as suas graças, dar pedaladas, dribles sem sentido e dancinhas após o gol, Robinho é um prato cheio.
No entanto, para disputar uma Libertadores – caso do SPFC, com todas as suas implicações como tomar porrada, jogar na altitude, ficar dias concentrado e viajando, o “craque” sinceramente não serve.
Robinho só quer uma vitrine e nada mais.
Estranha-me também o próprio Santos manter portas abertas para quem, num passado não muito distante, fez de tudo para sair do clube, pouco se importando para o momento vivido pelo time e para as consequências de sua saída.
Não é a toa que o Brasil não é considerado um país sério.
Perguntem a algum representante do Real Madrid se Robinho (que fez a mesma coisa com o time espanhol) voltaria a vestir a camisa merengue.
Mais do que marketing e profissionalismo, o futebol brasileiro precisa de respeito e amor próprio.
Nem a casa da Joana é tão bagunçada.
guilherme.mendes@blogdotrio.com.br
http://twitter.com/guirmmendes
Deixe um comentário